Transcrição.
Palácio do Governo de Porto Alegre, 15 de janeiro de 1908.
Illustre am.º e sr. Coronel João Pacheco de Freitas.
Está nesta capital constituida uma sociedade, sob a firma João Corrêa, Castro C.ª, com o fim de promover a colonisação de terras desoleitas existentes nesse municipo, concordando assim para o progresso geral do Rio Grande e em especial desta (ceriamunicipação).
Os incorporadores, que são pessoas de reconhecida respeitabilidade e amigos (?) de todos os tempos pretendem que o Conselho Municipal concida o favor da insenção de impostos por dez anos, aos immigrantes que ahi collocaram, bem como eguer edificio ás industrias que estabeleceram os mesmos colonos ou a propria sociedade.
Tratando-se de assumpto relevante, que diz hesse de posto ao interesse local, espero o tomais em devida concideração, (promovendo todos) os meios de coadjuvação-a tão patriotica iniciativa.
Saudações Cordiais.
Borges de Medeiros.
Fonte: Documento Museu Municipal de Torres - RS. CAIXA: 0001
Entre os anos de 1901 e 1925, dominou o cenário político
torrense. Membro do partido rio-grandense (PRR), nesse primeiro quarto, do
século XX, enquanto o Cel. Pacheco administrava em absoluto no município Torres RS,
Borges de Medeiros dispunha do mesmo “privilégio”, em nível estadual. Entre
eles, além da natural afinidade política, existia uma outra forma de
aproximação: os dois eram compadres. Essa aproximação
política entre os dois políticos, seguramente, foi um dos fatos mais
importantes que fizeram com que a nossa cidade tivesse seu processo de
urbanização acelerado.
Carta de agradecimento, por parte da Sociedade Colonizadora João Corrêa Castro e Cia, para o coronel João Pacheco de Freitas, pelo apoio do mesmo e do Conselho Municipal de Torres no processo de colonização na região e pelo favorecimentos de concessões.
Fonte: Documento Museu Histórico de Torres - RS. CAIXA: 0001.